Não tenho memória de ter visto (refiro-me à TV) político, governante ou qualquer indivíduo com responsabilidades sobre a condução do povinho, falar de forma clara, compreensível e séria.
Embrulham, enrolam, mastigam e regurgitam frases feitas e, sobretudo, obedecem ao compasso e à batuta do moderador/entrevistador.
É essencial não debitar asneiras que comprometam, pensam todos.
Se me convidassem para participar num desses espectáculos, correndo o risco de nunca mais lá voltar, era certo e sabido que à primeira oportunidade que me retirassem a palavra, depois de me a terem dado, ou me provocassem para eu dizer o que lhes convinha em vez do que eu pensava, alçava o rabinho e deixava-os a falar sozinhos. Não sem antes os encomendar.
Este é, naturalmente, um dos perigos dos directos.
Mas, para ver palhaços em directo e divertir-me, prefiro ir ao circo.
Aos que aparecem na TV, não lhes acho graça alguma.