Da minha memória de puto malandreco, no tempo em que não havia músicas com pinguins nem parvoices do género, lembro-me da letra de uma cantilena que me fez despertar os meus primeiros instintos e a minha imaginação fértil, para a época:
No baile da Dona Estér
Feito a semana passada
Foram dar com o chofer
A dançar com a criada
Dizia ela baixinho:
- Querido, tu és bestial!!
Eram praí sete e pico
Oito e coisa nove e tal...
Conseguia ver tudo. Tim-tim por tim-tim...
8 comentários:
Salvo erro, a musiqueta em causa era do conjunto António Mafra.
Lembro-me que um dia a minha mãe comprou umas toalhas num establecimento que os membros do dito grupo tinham na Rua Formosa, em frente ao Bolhão, no Porto.
Fui com ela e fiquei orgulhosíssimo. Tinha estado ao pé de uns gajos que até tocavam na rádio e um deles até tinha dito para a minha mãe: "Faz favor, minha senhora".
Tinha umas ideias que a música era mais do conjunto Maria Albertina, mas se o funes foi íntimo da celebridade António Mafra, rendo-me.
Isto de evocar tão recuadas lembranças, é um sinal...
JG, você é, como diz o meu velho, do tempo da Maria Cachucha!
E não me pergunte quem é a dita cuja.
Não faço a menor ideia!
Cara Mofina Mendes,
Eu escrevi "salvo erro". Se calhar, a razão está consigo e a cançoneta é mesmo da "Maria Albertina".
que memória!
só recordo mesmo os dois últimos versos!!! é dramático!
mas estou serena, pois naquela altura ainda pouco se falava em traumas... :-)
Estimado Funes:
Fui pesquisar e não tenho razão coisa nenhuma. Aliás, nem tenho idade para me lembrar dessas antiguidades... E não me contradiga porque eu que sei!=
Definitivamente, António Mafra.
E aletra era um bocadinho diferente; dizia assim:
(No baile da D. Ester
aí pela semana passada
foram dar com o chaufer
a brincar com a criada.
Dizia ela baixinho
"Na prize és bestial",
eram prá´sete e pico
oito e coisa, nove e tal.)
E havia mais:
Está quieto, não mexas
(isso era antigamente)
Hoje toda a gente mexe
de uma maneira diferente.
Passa a gente a vida inteira
sem descansar um bocado
Mas não existe maneira
de pôr o mexer de lado.
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Não sou contemporânea do Grupo António Mafra, mas sou-o da velha Estudantina universitária de coimbra que reeditou alguns dos temas .
FUNES:
As ditas toalhas devem valer, hoje, uma fortuna!!
MOFINA:
Cada tiro cada melro...
CAPITÃO:
A Maria Cachucha é do Paião. Não diga que não conhece!!
IRENE:
Dramático é quando nos passam ao lado e parece que nunca as vimos. As memórias!!
MOFINA:
Não consegues escrever um parágrafo sem perder umas letritas pelo caminho?!!
ANÓNIMA:
Obrigado pelo esclarecimento.
Só por curiosidade, essa tal de "velha" Estudantina já não é assim tão, tão ... nova, pois não?!!!
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