A propósito de um romance que vendeu 100.000 exemplares em 20 dias, romance esse no qual chega a haver 14 pontos de exclamação em quatro páginas, iniciou-se um movimento na blogosfera em prol da erradicação do “!”. O Senhor Palomar, blogue que lançou esta causa, invoca outras regras básicas de etiqueta (ex.: não escrever a vermelho), bem como princípios de eficácia da comunicação (falar baixo é uma melhor forma de captar a atenção) e de agilidade do autor, já que o recurso a este sinal de pontuação denota “uma profunda incapacidade de alguém se fazer explicar”.
O Bibliotecário de Babel refere que as ditas sinalefas “são o sintoma da absoluta falta de requinte estilístico, uma coisa demodée, meio rançosa, ideal para adolescentes idealistas e sonetos de amor foleiros” e conclui que “são um disparate, uma inutilidade, um sinal de fraqueza, um arcaísmo que trai a mão pesada e pouco subtil de quem a eles recorre.” Quem também já se juntou aos protestos foram Pedro Mexia, que considera a exclamação “um foguetório carnavalesco, que não revela nada de essencial e que empobrece a língua”, e Francisco José Viegas, que encara o “!”como “uma espécie de martelo pneumático colocado no final de uma frase”. Evidentemente, também têm surgido opiniões contrárias, em tom não menos enfático.
Esta “causa fracturante”- como lhe chama José Mário Silva - já ganhou uma bandeira, e os aderentes têm estado a afixá-la nos seus blogues.
Um tema simples e divertido; um autor-celebridade e o seu mais recente best seller usados como catalisadores; influenciadores de peso a argumentarem na blogosfera e redes sociais; branding; e criação de uma aplicação para utilização viral – e eis que surge uma campanha bem animada.
(Sacado integralmente daqui)
O Bibliotecário de Babel refere que as ditas sinalefas “são o sintoma da absoluta falta de requinte estilístico, uma coisa demodée, meio rançosa, ideal para adolescentes idealistas e sonetos de amor foleiros” e conclui que “são um disparate, uma inutilidade, um sinal de fraqueza, um arcaísmo que trai a mão pesada e pouco subtil de quem a eles recorre.” Quem também já se juntou aos protestos foram Pedro Mexia, que considera a exclamação “um foguetório carnavalesco, que não revela nada de essencial e que empobrece a língua”, e Francisco José Viegas, que encara o “!”como “uma espécie de martelo pneumático colocado no final de uma frase”. Evidentemente, também têm surgido opiniões contrárias, em tom não menos enfático.
Esta “causa fracturante”- como lhe chama José Mário Silva - já ganhou uma bandeira, e os aderentes têm estado a afixá-la nos seus blogues.
Um tema simples e divertido; um autor-celebridade e o seu mais recente best seller usados como catalisadores; influenciadores de peso a argumentarem na blogosfera e redes sociais; branding; e criação de uma aplicação para utilização viral – e eis que surge uma campanha bem animada.
(Sacado integralmente daqui)
9 comentários:
http://senhorpalomar.blogspot.com/2009/08/o-senhor-palomar-quer-deixar-claro-que.html
O Senhor Palomar quer deixar claro que, ao contrário da interpretação da equipa LPM, o seu manifesto nada tem que ver com o quase-livro de MST.
Com estima.
Palomar
100000 livros?
O MST deve estar-se be a borrifar para os manifestos PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Esqueçam lá o be que foi inadvertido PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Sem dúvida.
Bem, se isto for levado a sério - junta-se o recurso exacerbado aos estrangeirismos - e o meu blog vai ser irradiado da blogosfera!!! LOL!
SR PALOMAR:
Ficou claro.
Atentamente
SARDANISCA:
Também me parece que sim.
TAXI:
Cartão vermelho directo.
É limpinho!!!!!!!!!!
Eu recorro amiúde ao ponto de exclamação!
:))
E quem me lixar a cabeça por isso, já sabe:
Que vá para a puta que o/a pariu!
Ora nem mais! Tarda nada está a malta toda a bater pala ao pioneiro da da despontuação. Esse mesmo!!! Chegam (3)? Se não, tenho aqui uma caixa das grandes cheiinha deles para distribuir!
É por isso... que exagero. Não gostam da escrita do gajo que o digam, agora chegar ao exagero e absurdo de inventar essas tretar para "erradicar" o dito ponto de exclamação?! Se tivessem menos mania de intelectualismos, é que era.
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